Pedro – o apóstolo que falava demais (parte I): O NOME DE PEDRO

Olá a todos, a paz do Senhor Jesus Cristo! É uma grande honra escrever mais uma vez em nosso blog e, mais importante, ter você a tua visita por aqui.

A partir desta postagem falaremos sobre um livro maravilhoso escrito por John Macarthur, no qual o autor relata a respeito da vida de cada um dos doze discípulos de Jesus, bem como suas personalidades e histórias.

Vamos falar em algumas postagens sobre o primeiro capítulo do livro, o qual retratará a respeito de Simão Pedro.

Boa leitura! 



Análise do Livro: 12 Homens Extraordinariamente Comuns (John Macarthur)

Capítulo 1: Pedro – o apóstolo que falava demais



MACARTHUR, John. Pedro – o apóstolo que falava demais. In: ___________. 12 Homens Extraordinariamente Comuns: como os apóstolos foram moldados para alcançar o sucesso em sua missão. 1ª edição. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2016. Capítulo 1, p. 51-87.


Quantos já não se depararam com a pessoa dos apóstolos escolhidos por Jesus e não ficaram surpresos com a grande capacidade que eles possuíam em duvidar de Jesus, mesmo depois de tantas e tantas lições que o Mestre deixou para eles?

Tenho que confessar a vocês que, sempre que eu leio os Evangelhos, fico assustado com o tamanho da ignorância e incredulidade que aqueles doze homens tiveram, mesmo vendo os milagres, mesmo presenciando as maravilhas que Jesus realizava diante de seus olhos, etc. Eu não conseguia acreditar que existam pessoas que, mesmo com os sinais explícitos da presença de Deus, ainda haja espaço para a incredulidade e para o pecado.

Bem, isso até me dar conta de uma coisa em especial, eu também sou assim. Mesmo vendo as coisas gloriosas que Cristo fez em meu favor, muitas vezes sou arrastado pelas ondas da incredulidade e da inconstância, e peco, como só eu sei pecar.

Não me julgue, você também é assim. Talvez todos são, não é? Paulo escreveu:


“Assim, encontro esta lei: quando quero fazer o bem, o mal reside em mim. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus. Mas vejo nos meus membros outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos 7.21-24).


Todos somos cheios de falhas e de pecados. Estamos vulneráveis ao erro, podendo cometer fracassos, mesmo depois de tantas lições que aprendemos em nosso dia-a-dia com Deus. E assim vemos quem somos, sendo essa a nossa natureza.

É sobre isso e muito mais que trata John Macarthur  em sua renomada obra: 12 Homens Extraordinariamente Comuns: Como os apóstolos foram moldados para alcançar o sucesso em sua missão. Esse é um livro espetacular, com uma visão sobre o grande sucesso que é a igreja de Cristo, perdurando por milênios, mesmo sofrendo todo o tipo de perseguições e humilhações, mas permanecendo fiel e firme na doutrina e nos fundamentos dos apóstolos.

Por este motivo, após tratar em sua introdução a respeito da importância do trabalho de preparação dos 12 apóstolos, o autor deixa bem claro que a ideia dos Evangelhos não é e nunca foi elevá-los a níveis de santidade quase divinos, tampouco foi mostrar que eles eram homens superiores a nós.

Pelo contrário, o principal intuito dos Evangelhos é mostrar o trabalho de Cristo, porque Ele é o importante dos Evangelhos. E, se de alguma forma esse trabalho que Jesus fez ao ensinar seus discípulos frutificou de forma que até hoje a igreja permaneça de pé, é única e exclusivamente um resultado do poder de Deus.


“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que se veja que a excelência do poder provém de Deus, não de nós” (II Coríntios 4.7).


O poder é de Deus, e os méritos são totalmente Dele. Sabemos, pois, que nenhuma das coisas que o homem faz é capaz de torná-lo digno de ser usado por Ele, a não ser a Graça Soberana de Jesus.

Dessa maneira, depois de revelar na Introdução do livro toda a grandeza desse trabalho de Cristo e o valor de um apostolado, o autor passa a trabalhar individualmente em cada apóstolo, a fim de ressaltar a partir do que é narrado na Bíblia qual a personalidade de cada, bem como o que Jesus ensinou a cada um deles.

É um livro extensivo em muitos aspectos, porém rico em informações e em ensinamentos para a nossa vida espiritual. Por este motivo, optei por trabalhar a respeito de um dos capítulos desse livro, o Capítulo 1: Pedro – o apóstolo que falava demais.

Todos conhecem Pedro, todos sabem quem ele era e o quanto ele é amado e querido até hoje por muitos. Pedro era o líder do grupo apostólico, e mostrou isso em várias ocasiões onde tomou a palavra para com Jesus. Foi ele o homem que fez a famosa Confissão em Mateus 16.16, bem como o homem que também tomou a palavra quando estava no Monte das Transfigurações em Mateus 17.4.

Assim, dessa forma, John Macarthur apresenta o apóstolo Pedro como o líder, além de trazer algumas informações a respeito do famoso apóstolo, e é sobre essas informações que desejo me dedicar nas próximas postagens, onde falaremos a respeito deste que é o apóstolo mãos conhecido dentre os Doze.


O NOME DE PEDRO




É sabido que o nome de Pedro verdadeiramente é Simão e que seu pai chamava-se Jonas (João 21.15), daí a expressão “Simão Barjonas” (“Bar” significa “filho”). Além disso, sabemos que Pedro era pescador e trabalhava com seu irmão André pescando nas águas do Mar da Galileia.

Porém, ao falarmos do nome de Simão, vemos que a Bíblia nos revela outros Simões no Novo Testamento, o que significa que Simão era um nome muito comum nos dias de Jesus. De acordo com a Bíblia, há pelo menos sete Simões nos quatro Evangelhos e outros dois em Atos dos Apóstolos. Para saber quais são os outros Simões registrados no Novo Testamento, CLIQUE AQUI e leia nossa postagem sobre os Simões no Novo Testamento.

Sendo assim, sendo este um nome comum em sua época, era comum chamar por outro nome, e Jesus o chamou de Pedro (João 1.42). É bem sabido que o nome Pedro significa “um pedaço de rocha, uma pedra”. Era dessa forma que Jesus queria que fosse o líder do colegiado apostólico. Ele o chamou para ser um homem firme, de caráter sólido.

Quando Jesus o chamou de Pedro, manifestou assim o desejo de Seu coração em moldar em sua alma um caráter constante, firme e sólido, que não poderia ser deslocado facilmente, sejam quais fossem as circunstâncias. É óbvio que em Simão esse caráter levou muito tempo para ser moldado. Jesus teve de trabalhar muito em seu coração para que ele manifestasse o que realmente deveria ser.

É interessante também que o autor ressalta que Jesus usava os “dois nomes de Pedro”. Quando era para elogiá-lo, ou honrá-lo por algo que ele fez certo, Jesus o chamava de Pedro, como está escrito:


“E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.17-18).


Porém, quando Pedro cometia algum deslize, Jesus abria mão do codinome que Ele mesmo lhe dera, e chamou-o por seu nome natural, dando a entender que o velho homem que havia em Pedro voltou a se manifestar, e ele já não era mais tão firme e tão ousado como deveria ser, como está escrito:


“E, chegando, achou-os dormindo e disse a Pedro: Simão, dormes? Não podes vigiar uma hora?”(Marcos 14:37).


Logo, o nome de Simão Pedro era utilizado como um termômetro e um sinal de sua condição espiritual, de acordo com John Macarthur. Por exemplo, no dia da famosa pesca maravilhosa, a Bíblia diz que Jesus entrou no barco de Simão (Lucas 5.3), e quando Jesus ordenou que lançassem a rede novamente, Simão disse que não havia conseguido pescar peixe algum (Lucas 5.5). Após presenciar o milagre, a bíblia diz:

 “E, vendo isso Simão Pedro, prostrou-se ais pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, porque sou um homem pecador” (Lucas 5.8).

Ou seja, ali, naquele momento, parecendo ser outra pessoa, Simão Pedro estava ali, manifestando uma de suas virtudes mais bonitas, a de total entrega e rendição a Jesus Cristo, fazendo ali valer o seu nome de Pedro.


Deixe-me fazer uma pergunta a você: Como Jesus te chama? Qual o nome que Jesus te deu? E não, não falo do nome que está na tua Certidão de Nascimento. Estou falando do nome que Deus te colocou, a forma como Ele quer te chamar.

Pode parecer difícil entender, mas deixa eu melhor a pergunta: Como Deus quer que você seja? Em qual área da tua vida Deus quer trabalhar? Saiba que todos nós estamos num processo de discipulado espiritual ministrado pelo Espírito Santo e o próprio Jesus aos nossos corações, e Ele possui um grande objetivo nesse discipulado.

Deus não nos julga pela situação em que nos encontramos. Ele não olha a nossa situação atual para dar-nos o nosso nome. Ele nos chama pelo nome que deseja para que sejamos chamados futuramente. Os seus propósitos em nossa vida são percebidos claramente pela forma como Ele nos chama. Esse objetivo é manifesto através do nome que Eles nos dá, e é nesse momento que eu te convido a meditar qual o nome que Jesus quer te chamar.

Lembre-se, ainda que ninguém saiba qual o teu nome, esse nome será uma senha, um código secreto entre você e Deus. E só você saberá quando chegar o grande dia e Ele te chamar, como está escrito:


“Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe” (Apocalipse 2.17).


Minha oração é para que em breve Ele me chame por esse novo nome, porque tenho lutado e orado, e contado com a ajuda do Espírito Santo de Deus para alcançá-lo, e logo, de Simão serei Pedro. Assim como oro para que seja com você.

Continuaremos a análise do Livro de John MacArthur numa próxima postagem onde falaremos a respeito do líder que havia em Pedro, ainda dentro do primeiro capítulo, continue com a gente!



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Deus te abençoe, até a nossa próxima postagem!

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