Heróis da Fé, de Orlando Boyer (Resenha)

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Deus te abençoe e boa leitura!





HERÓIS DA FÉ – ORLANDO BOYER


Foto: Google Imagens




BOYER, Orlando. Heróis da Fé: Vinte homens extraordinários que mudaram o mundo. 40ª edição. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2009.



Olá a todos, tudo bem?

Decidi começar a escrever a respeito deste que foi um dos primeiros livros que ganhei de meu pai assim que entrei no curso básico de teologia em nossa igreja, na época eu tinha 13 de idade. Devo ter lido o livro inteiro em sete dias, ficando encantado a cada página que lia, deparando-me com a grandeza espiritual desses vinte homens que deixaram na História da Igreja e da humanidade suas marcas que até hoje permanecem.

Antes de mais nada, quero esclarecer a todos que eu tinha 13 anos quando li pela primeira vez, ainda era um pré-adolescente, logo, falar de Heróis da Fé para mim é como resgatar aquele sentimento inflamado e carregado pela ansiedade e paixão frente à adolescência iminente. Isso porque, o efeito que um livro ou uma música nos causa é intimamente influenciado por quem você é e como você está. Nesse caso, eu era aquele pré-adolescente sonhador, cheio de planos e desejos. Na época, eu queria muito saber o que seria em minha vida e este livro me mostrou o que eu não queria: viver de forma comum.

Talvez esse seja o grande trunfo de Orlando Boyer ao escrever esse livro maravilhoso. Ele não se preocupou em emoldurar quadros de homens para torná-los inacessíveis, ou mesmo fazer com que suas imagens sejam de superpoderosos, mas exatamente o oposto. Mostrou homens falhos, cheios de fraquezas, mas também cheios de fé e de total entrega ao Senhor. Essa é a grande mensagem de Orlando Boyer, a oração, a entrega ao Senhor, a confiança perfeita Nele, a oração como o alicerce e o amor pelas almas que caminham para a perdição eterna.

O livro inicia com um apelo aos leitores, um convite para amar a raça humana, amar a todos aqueles por quem Cristo se entregou na cruz. Boyer convida a não tapar os ouvidos espirituais e ouvir o choro dos “bilhões de almas na terra que não conhecem o caminho para o lar celestial” (p.6).

Outra lição importante que o livro nos traz em cada uma das biografias é que a grandiosidade que esses homens fizeram não foram feitas por eles. Ou seja, quem fez as coisas grandiosas e deixou um alicerce que jamais será abalado na história da humanidade foi o Deus que os chamou para a grande obra. Aprendemos, portanto, que Deus opera em meio a homens cheios de fraquezas, fazendo assim coisas gloriosas e elevadas.

Não foi Lutero que reformou a Igreja, muito embora o chamemos de “Reformador”, tampouco foi Bunyan quem tornou O Peregrino num dos livros mais importantes da história da humanidade. Não foi Jônatas Edwards quem fez o avivamento, embora o chamemos de grande avivalista. Nem foi por seus méritos que o sermão “Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado” foi uma mensagem com efeitos intensos e de grande amplitude. Quem operou todas estas coisas, e tudo o mais que está escrito neste livro foi Deus. Ele é quem opera, quem faz de acordo com o que desejar.

Deus faz aquilo que Lhe apraz, agindo de acordo com a Sua vontade soberana. É Deus quem usa o homem. É Ele quem coloca os Seus tesouros em vasos de barro para que “a excelência do poder seja Dele, não nossa (II Coríntios 4.7). Deus é quem opera, Deus é quem efetua. A honra, portanto deve ser para Ele, somente pra Ele. “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!” (Romanos 11.36).

Além disso, Deus é o mesmo. É o mesmo que operou com Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, Josué, Davi, Elias, Eliseu, , Pedro, Tiago, João, Paulo. Ele operou e ainda opera por meio de Sua amada Igreja, sendo ainda o mesmo Deus poderoso e capaz para fazer as mesmas obras que antigamente. E isso vemos na biografia desses vinte homens; homens que se entregaram para Deus e fizeram a Sua soberana vontade.

Não leia Heróis da Fé esperando uma homenagem póstuma, ou mesmo um memorial eterno a esses grandes vultos da História da Igreja. Não os coloque em altíssimo nível e padrão de santidade, muito embora nos sintamos tentados a fazê-lo. A principal ideia não é, por conta de suas grandiosas contribuições à Igreja de Cristo, homenageá-los, senão seria uma enorme injustiça, por exemplo, para com Policarpo, Agostinho, John Wycliffe, John Huss, Ulrik Zwingle, Calvino, Armínio; ou mesmo William Seymour, ou Billy Graham.

O maior objetivo de Orlando Boyer, com certeza  foi mostrar aos leitores o Deus que realizou estas coisas por meio desses homens, deixando esclarecido o fato de que, independentemente de nossas origens, nossa condição de outrora, podemos ser levantados pelo Senhor para trazer à nossa geração que tanto necessita.

Foi isso que entendi aos 13 de anos de idade, e é essa a minha oração desde então...


Ozni Coelho Simões

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