“Porque eu, o SENHOR , não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos” (Malaquias 3.6).
Um dos atributos divinos que aprendemos na Bíblia Sagrada é
a imutabilidade de Deus, ou seja, Deus é imutável, portanto Ele é o mesmo. A
respeito disso, o salmista escreveu: “Mas tu és o mesmo, e os teus anos nunca
terão fim” (Salmo 102.27).
Ele é o mesmo, é eterno, é imutável.
O escritor aos hebreus, ao falar a respeito da divindade de
Jesus, afirmou que: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hebreus 13.8). É o mesmo,
não muda, e por isso podemos ficar tranquilos em relação ao Seu caráter e à
solidez que há em Sua moral.
O profeta Malaquias, usado por Deus, lembrou ao povo que
seus pecados lhe trouxeram destruição e todo o tipo de males, mas que eles não
foram consumidos ainda por causa de Deus e de Sua imutabilidade.
A que estava se referindo Malaquias? Há uma alusão à
mensagem de Jeremias, quando disse que a causa pela qual eles não foram
consumidos é nada mais do que as misericórdias de Deus (Lamentações 3.21), e essa
misericórdia não mudou, porque Deus continua o mesmo, o mesmo Deus
misericordioso.
Nosso Deus não muda em Seus padrões, tampouco em Sua
essência. E isso é uma grande afirmação para nossa meditação, porque, se Deus
não muda, temos que reafirmar Nele a nossa fé. Por causa Dele somos mantidos
vivos, somos mantidos de pé. Ele é a razão pela qual não somos consumidos,
porque Ele mostra a c ada dia mais a Sua misericórdia.
Você e eu somos mutáveis. Todos os dias estamos fadados às
mais diversas transformações, seja por causas comuns e naturais, seja por
interferências externas ou internas. De todo o modo, todos estamos sujeitos a
mudanças, e muitas vezes elas são até mesmo necessárias para que possamos
progredir e crescer. Aliás, crescer já é mudar. Porém, o nosso Deus não muda.
Ele é o mesmo, permanece o mesmo, continua sendo o mesmo Deus, com a mesma
graça e a mesma misericórdia diária para nós.
A mensagem da imutabilidade de Deus traz à tona a nossa
responsabilidade de manter a nossa conduta semelhante à de nossos pais, os
nossos pais na fé (Hebreus
13.7).
Além disso, o fato de Deus permanecer sendo o mesmo, nós que
somos Seus filhos temos que nos manter firmes e fiéis às doutrinas bíblicas que
nos firmamos, não nos deixando levar por nenhum dos ventos e doutrinas errôneas
que surgem por aí (Hebreus
13.9).
A palavra de Malaquias nos traz justamente essa mensagem, de
que Deus, sendo o mesmo, misericordioso e gracioso para com Seu povo, mas também
que possui o mesmo padrão moral. Ou seja, para Deus, aquilo que era pecado no
passado, ainda hoje é pecado. Deus há de julgar os que não cumprem o Seu
mandado (Malaquias 3.5; Hebreus 13.4). Ele é o
que julgará vivos e mortos (II
Timóteo 4.1).
Ele mantém os padrões que estabeleceu no passado, por isso a
Sua Santidade é a mesma.
Deixe-me falar algo que tem me incomodado muito ultimamente.
Vejo pessoas que criticam com o dedo em riste a Lei, alegando que vivem hoje
apenas pela Graça, e agora a Lei não é mais válida, e que não há mais nenhuma validade
nas coisas que Deus exigiu no passado, e agora o que serve é a graça.
Ignorância! A Lei de Deus continua a mesma! Deus ainda
julgará os homens pela Lei, porém, a graça veio para aperfeiçoar o homem, pois
por si só o homem não tem condições de servir a toda a Lei, se não for pela
ajuda do Cordeiro de Deus.
Há, porém, aqueles que acham que Deus deixou as coisas “mais
fáceis” desde a cruz. Ou seja, justificam suas falhas e seus fracassos alegando
que a graça de Deus “deixa passar”. Há também outros ignorantes que não leem o
Antigo Testamento, porque alegam que nada no Antigo Testamento possa ser
aproveitado.
Bobos! O mesmo Deus da Lei é o Deus da Graça! A graça de
Deus não mudou o rigor da lei, e o rigor da lei não diminui por causa da graça!
Pelo contrário! Há graça na Lei e há lei na Graça! Não podemos abrir mão do
Antigo Testamento só porque a Graça inicia-se em Jesus no Novo Testamento.
Deus é o mesmo! E há uma responsabilidade individual para todos nós!
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