“Não extingais o Espírito” (I Tessalonicenses 5.19).
O apóstolo Paulo,
ao encerrar sua epístola aos tessalonicenses, no último capítulo, trouxe várias
recomendações aos irmãos, sendo elas voltadas à vida espiritual, à vida de
oração, santificação, etc.
Quero ressaltar,
nesse texto, a mensagem principal contida no versículo 19, sobre não apagar o
Espírito, ou seja, não extinguir suas manifestações e o seu trabalho intensivo.
É importante
salientar que o Espírito Santo não é uma ação, nem mesmo uma força ativa, muito
menos é um vapor, ou um vento. Ele é uma pessoa. Ele sente, Ele se ira, se
entristece, tem vontades e desejos. Além disso, Ele é Deus, é uma Pessoa da Trindade.
Mas, se Ele é Deus,
como pode ser apagado? Se Ele é Deus, como podemos impedir Suas ações, já que
elas são soberanas?
Em Gênesis Ele estava
ativo na criação do mundo, desde o início, movendo-se sobre a face das águas (Gênesis 1.2). Na criação
do homem Ele estava presente, como disse Jó:
“O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida” (Jó 33.4).
Com o aumento
populacional na terra, nos dias de Noé, o Espírito Santo habitava no meio dos
homens, porém, com a maldade se espalhando e a corrupção tomando conta da raça
humana, disse Deus:
“Então, disse o Senhor : Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos” (Gênesis 6.3).
O Espírito Santo,
dentro do homem, contende com ele para que o homem não venha pecar contra Deus,
tampouco se afastar da presença Dele. A grande diferença é que, pelo fato de o
homem ser carnal, o Espírito Santo se retirou dele, sendo acessível apenas aos
espirituais.
Davi, depois de
pecar contra Deus e contra a sua própria família e contra a família de Urias ao
tomar para si Bate-Seba, escreveu um texto chave para essa meditação, dizendo:
“Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo” (Salmos 51.11).
O Espírito Santo
não habitava nos homens depois de Gênesis 6. Ele vinha, descia e depois se
retirava. Porém, quando Jesus veio ao mundo, prometeu aos seus discípulos,
dizendo:
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós” (João 14.16-17).
O Espírito Santo
não pode habitar no mundo. Ele não habita onde reina o pecado, tampouco onde
reina a impiedade e o desamor. Somente onde há um coração que foi entregue a Jesus
Cristo é que o Espírito Santo pode habitar e estar diariamente, e fazer o
trabalho de edificação e crescimento da vida entregue ao Filho.
O Espírito Santo
nos santifica e nos ensina diariamente a respeito das palavras de Jesus e da
obra gloriosa, sendo Ele o selo e a garantia de que nós moraremos com Jesus no
céu (Efésios 4.30).
Ao falar sobre não
apagar o Espírito Santo, Paulo estava orientando aos irmãos que não limitassem
a atuação do Espírito de Deus em nós. O pecado, a incredulidade e a
insensibilidade do coração podem limitar a ação do Espírito em nós. Nesse processo
de santificação e edificação rumo ao céu, o Espírito de Deus é o principal agente
de transformação na vida do homem, por isso, temos que dar espaço a Ele para
atuar em nós.
Deixe o Espírito de
Deus mover a tua alma, mexer em você e transformar o teu espírito! Dê espaço ao
Espírito de Deus em tua vida! Ele quer te usar, quer te aperfeiçoar, quer te
erguer, por isso, abandone toda e qualquer prática que limitaria o Seu agir em
você!
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