“Se te elevares como águia e puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te derribarei, diz o SENHOR” (Obadias 1.4).
Edom era uma nação pequena. Assim como Israel era
descendência de Jacó, Edom era a descendência de seu irmão Esaú (Gênesis 36.1). Dessa
forma, Edom, ainda que sendo pequena, era a nação irmã de Israel.
Porém, com a conquista e destruição de Jerusalém pelos
babilônios, os edomitas se aliaram aos babilônios contra os próprios irmãos a
fim de os destruírem e de acabar com a nação que Deus escolheu para ser Seu
tesouro particular.
O maior desejo do povo de Edom era aniquilar o povo que Deus
separou para Si. Esaú, seu pai, havia perdido a herança quando fez pouco caso
da bênção da primogenitura e a vendeu a Jacó, seu irmão, por isso a herança foi
a Jacó.
Na bênção de Isaque, todos os bons campos, a geada, a chuva
e o frescor foram destinados a Jacó, quanto a Esaú foi destinado viver “longe
das gorduras e do orvalho do céu” (Gênesis 27.39).
A região em que Esaú e sua descendência habitou numa região
montanha, nas chamadas Montanhas de Seir (Gênesis 36.8). Até hoje, a
região em que habitaram os edomitas é uma região repleta de montanhas e de
pedras, localizada especialmente na região da Transjordânia, com os desertos da
Arábia, e a Arabá.
Por haver habitado em região montanhosa e repleta de pedras,
os edomitas passaram a construir enormes fortalezas e palácios de pedra, o que
tornavam quase intransponíveis os seus palácios e suas cidades. Um exemplo
claro de uma cidade bem edificada é a cidade de Petra.
Por estar estabelecido em meio às montanhas, o reino de Edom
cria que jamais seriam conquistados ou dominados por ninguém. Por este motivo,
atacaram aos seus irmãos, filhos de Israel, ajudando aos babilônios com toda a
crueldade ao matar, passar a fio de espada os judeus e destruir a cidade de
Jerusalém, porém Deus não deixaria isso passar batido.
A sentença de Deus para Edom era a de que Ele mesmo se
levantaria para derrubar o poder de Edom, e, por causa da violência contra
Jacó, aquele reino seria exterminado (Obadias 1.10).
Os edomitas estavam arrogantes. Afirmavam em sua soberba que
jamais seriam derrubados, pois habitavam nas fendas das rochas, em lugares
altos e seguros (Obadias 1.3).
Eles se sentiam grandes e imponentes, mas Deus os tornou pequenos (Obadias 1.2), e aqui posso
compreender como Deus trabalhou.
Eles criam ser inalcançáveis a todos. Porém, não há nada que
esteja alto o suficiente para não esteja ao alcance do Todo-Poderoso! Não há
ninguém com condições ou circunstâncias capazes de estar fora do alcance do
poder de Deus, pois o nosso Deus é Onipotente, e nada pode escapar de suas
mãos.
Quando Deus decide levantar um homem, nada pode fazer com
que esse homem caia, porém, se Deus decidir derrubar, ninguém há que possa
fazer esse homem se erguer enquanto não for a vontade do Todo-Poderoso.
Os edomitas achavam que ninguém os alcançaria lá do alto,
mas Deus lhes disse que, ainda que fizessem o ninho nas estrelas, ainda dali
Deus os derrubaria. Não há altura que seja capaz de escapar do alcance de Deus.
Falar sobre esse assunto e não citar o salmo 139 é um erro
gravíssimo. Davi disse, inspirado por Deus:
“Para onde me irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também; se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá” (Salmo 139.7-10).
Onde, pois, está a arrogância dos homens? Para onde vai a
soberba dos mortais? Quem é o homem para que se queixe de Deus? Quem é o homem
para que tire proveito algum do Deus Eterno?
Deus é Eterno, não tem começo e não tem fim! Dessa forma,
que homem é capaz de dizer a dizer a Ele como Ele tem que se portar? Como disse
o SENHOR por meio de Isaías:
“Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?” (Isaías 43.13).
Edom cria estar acima de Deus, estar mais alto que o
Altíssimo, porém, de lá de cima, do alto de sua prepotência, de sua arrogância,
Deus os derrubou. Faz-me lembrar, também, do anjo que caiu do céu: Lúcifer. Ele
quis subir ao alto, tomar as asas da alva e se tornar semelhante ao Altíssimo
com seu trono acima das estrelas de Deus, como está escrito:
“E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo” (Isaías 14.13-15).
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