“Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, para que se derramem os seus aromas. Ah! Se viesse o meu amado para o seu jardim, e comesse os seus frutos excelentes! ” (Cantares de Salomão 4.16).
É intrigante ler o livro de Cantares de Salomão, o Cântico dos Cânticos. É uma narrativa intensa, totalmente voltada ao amor entre Salomão e sua esposa a Sulamita.
É óbvio para aqueles que leem a Bíblia que esse casamento representa a união de Jesus Cristo, o Noivo Perfeito, com a Igreja Santa, a Noiva que Ele foi buscar para si.
Quando lemos a sequência dos textos, muitas vezes nos deixamos levar pela linguagem que eles utilizam, e ficamos intrigados com a forma que um usa para definir a pessoa amada. É importante ver o amor que há entre o casal, e o quanto eles expressavam o desejo, a paixão e atração pelo outro. A Igreja de Jesus Cristo sente-se atraída por Ele, em todos os momentos, e Cristo se atrai por Sua Igreja.
Aqui, no versículo que acabei de destacar, a esposa está manifestando o desejo intenso de que o marido venha ao seu encontro, ao encontro do jardim que ele plantou e deixou sob os cuidados da esposa. O jardim está florido, as árvores estão frutificando e dando frutos saborosos e muito cheirosos.
O perfume das flores é maravilhoso, o aroma das uvas pode se sentir de longe, e a figueira já está produzindo os seus figos. O tempo do encontro com o Noivo é chegado!
Há um chamamento aqui no texto, um chamamento muito interessante, pois a noiva chama o vento norte e o vento sul. O vento norte tira as nuvens do céu, afasta as chuvas. É um vento frio, fresco. É o vento que refresca, traz frescor. Já o vento sul é um vento quente, de calor, o vento do deserto, o vento que traz a primavera!
Quando os ventos se unem, acontece um redemoinho, e os aromas das flores se espalham por todas as partes. Dessa maneira, quando a amada chama os ventos para o jardim, ela quer que chegue ao nariz do amado o aroma das flores e dos frutos.
Sabemos que o Espírito Santo de Deus é representado muitas vezes na Bíblia como um vento, que sopra onde quer e vai até onde quer (João 3.8). O Espírito Santo sopra no jardim que representa a Igreja, e atrai a presença do Noivo para ir de encontro a ela. A noiva produz frutos em seu jardim, e tais frutos são agradáveis ao noivo.
O que produzimos para Deus? O que produzimos para entregar à Pessoa de Jesus Cristo, quando nos encontrarmos com Ele para as Bodas?
O Espírito Santo gera em nós um fruto especial, cujo aroma atrai a presença de Jesus Cristo para a Igreja, e assim, saberemos quando Ele vier nos buscar para si, como escreveu o apóstolo Paulo:
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas 5.22-23).
Jesus Cristo, ao sentir dos céus o aroma do doce fruto do Espírito Santo em nós, ao sentir cada um desses aspectos gloriosos que operam na vida dos transformados, Ele se atrai por nós, e vem ao nosso encontro com a Sua Presença Gloriosa e Santa.
Comentários
Postar um comentário