“A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos” (Ageu 2.9)
O templo de Deus construído por Salomão foi destruído pelos
babilônios na ocasião em que Jerusalém foi sitiada (II Crônicas 36.17-19), e
o povo foi levado a cativeiro na terra dos caldeus.
Diz a Bíblia que ao final de setenta anos, Deus trouxe de
volta os cativos de seu cativeiro, de volta a Jerusalém por meio de Zorobabel,
grande líder e governante da região da Judeia. Deus cumpriu a Sua promessa de
fazê-los retornar a Jerusalém, porém, o povo que retornou, cada um se preocupou
em construir suas casas, suas cidades e seus pedaços de terra, deixando de lado
a casa de Deus.
Por causa disso, Deus levantou o profeta Ageu para anunciar
uma mensagem a Zorobabel, ordenando o povo a voltar à construção do templo, sem
desprezar seus pequenos começos.
O templo, outrora suntuoso e glorioso, agora estava em
ruínas. As bases e os fundamentos estavam destruídos, e por isso , ainda que a
casa estivesse em processo de construção, o povo se sentiu desmotivado ao ver
que a casa não tinha a mesma suntuosidade da primeira casa.
É preciso lembrar que o templo de Salomão era glorioso, era
repleto de ouro, prata e bronze. Suas colunas de bronze, seu material era o
mais puro cedro. Tudo do bom e do melhor, e era essa a imagem que o povo tinha
na mente ao relembrar o templo do SENHOR. Porém, naquele momento, o templo não
tinha a mesma glória, e por isso Judá chorou.
Diante da falta de beleza, o povo se desmotivou e desanimou
em relação ao trabalho da reconstrução do templo, e mais uma vez, Deus ordenou
a Ageu que profetizasse, dessa vez para animar o povo de Judá em relação ao
trabalho, dizendo:
“Ora, pois, esforça-te, Zorobabel, diz o Senhor , e esforça-te, Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e esforçai-vos, todo o povo da terra, diz o Senhor , e trabalhai; porque eu sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos, segundo a palavra que concertei convosco, quando saístes do Egito, e o meu Espírito habitava no meio de vós; não temais” (Ageu 2.4-5).
“Esforça-te”, foi a ordem de Deus, e outra vez disse:
“Porque assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda uma vez, daqui a pouco, e farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e a terra seca; e farei tremer todas as nações, e virá o Desejado de todas as nações, e encherei esta casa de glória, diz o Senhor dos Exércitos. Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos” (Ageu 2.6-9).
Deus garantiu ao povo que não havia razão para que eles se
sentissem mal pelo templo não ter tanto ourou ou prata, pois Deus deixou bem
claro que a prata e o ouro são Dele. Dessa maneira, Deus está dizendo algo
muito maior que aquele templo teria: a presença do Desejado de todas as nações.
Para o povo, a grandeza e a glória do Templo estavam em todo
o ouro, prata e bronze que o adornavam, mas para Deus a grandeza e a glória do
Templo não era essa, mas sim a Sua Santa presença, a Shekinah que enchia o
templo, essa é a grandeza e a glória do templo.
Qual era, portanto, a glória daquela última casa que seria
maior que a glória da casa feita pelo rei Salomão? Era exatamente a presença do
Desejado das nações, a presença do Messias, o nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo!
Aquele templo de origens humildes e pequenas seria o chão
onde Jesus pisaria e ensinaria, curaria, expulsaria demônios e cambistas que
vendiam as ofertas para o Templo. Aquele templo não somente abrigaria a riqueza
e glória do ouro após a intervenção herodiana para reforma do templo, mas ele
teria a presença real do Verbo que encarnou-se.
Sabendo, portanto que nós somos o templo de Deus, temos que
saber que a verdadeira glória que um homem pode receber não é prata ou ouro,
mas sim a presença de Jesus Cristo, porque Ele é a glória da última casa!
Essa, portanto, é a grande diferença entre quem serve e quem
não serve a Deus. A diferença de quem é e quem não é templo do Espírito Santo:
a Presença gloriosa de Jesus Cristo, e isso faz a diferença em nossas vidas.
Não julguemos, portanto, as pessoas pelas suas posses, nem
pela sua aparências, pois o que Deus vê no homem é bem mais além do que podemos
ver, pois Deus enxerga o oração do homem (I Samuel 16.7). Deus olha
onde há uma casa para que Ele habite, onde há um coração que esteja aberto para
recebê-lo com honras e com glórias.
Aquela nova casa não tinha aparência de ser gloriosa,
tampouco poderia ser visualmente a início, mas a presença de Jesus
glorificou-se naquele lugar, e por isso a glória foi maior, bem maior. Não se
esqueça de que Jesus é a glória da última casa, e Ele quer habitar em você,
exatamente você que é cheio de falhas, de fraquezas, de problemas, mas a
presença de Jesus e Sua Graça te fará viver de glória em glória (II Coríntios 3.18), porque
a Graça de Jesus é suficiente pra você (II Coríntios 12.9).
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