II Crônicas: Quando Deus assume nossa batalha





“Vocês não precisarão lutar nessa batalha. Tomem suas posições, permaneçam firmes e vejam o livramento que o Senhor dará, ó Judá, ó Jerusalém. Não tenham medo nem desanimem. Saiam para enfrentá-los amanhã, e o Senhor estará com vocês” (II Crônicas 20.17).


Josafá foi rei de Judá entre aproximadamente 870 a 848 a.C., sendo o quarto rei em Jerusalém após a separação dos reinos em Reino do Norte (Israel) e Reino do Sul (Judá). Ele foi conhecido por andar nos caminhos do SENHOR, servindo a Deus e glorificando à Sua Santidade. Ele removeu todos os bosques e altares usados em Judá para adorar a outros deuses, e restabeleceu a adoração ao Deus que tirou o povo de Israel do Egito. Por este motivo, a Bíblia afirma que o SENHOR esteve com ele (II Crônicas 17.3).

Certo dia, porém, depois de estabelecer justiça e juízo em seu reinado, Josafá recebeu a notícia de que três exércitos se uniram para atacar a cidade de Jerusalém, e a Bíblia afirma que eles eram uma grande multidão que acampara contra Josafá (II Crônicas 20.2).

Diante dessa grande dificuldade, Josafá clamou ao SENHOR, e decretou em todo o reino um jejum e um clamor ao SENHOR por livramento, e Josafá orou diante do Templo do SENHOR, clamando por socorro diante dos três reis, pois o exército de Judá não tinha forças para derrotar o grande exército que vinha contra eles (II Crônicas 20.12).

É com base no versículo 17 que eu quero meditar com vocês, pois há vezes em nossa vida que nenhum de nós tem condições de enfrentar as batalhas de nossas vidas, pois enfrentamos inimigos mais fortes e mais numerosos do que nós em muitos momentos. Quem nunca se preocupou diante do tamanho dos problemas e das lutas que temos que travar.

Deus garantiu a Josafá através de um profeta de que Ele mesmo estaria assumindo aquela batalha para si, pois a peleja não era de Josafá, nem de Judá, mas de Deus. Deus assumiu aquela batalha, e a vitória foi garantida.

Há batalhas que Deus nos ordena que lutemos por serem fáceis para nós. Em outras, Deus nos reveste de forças e recursos para lutarmos e vencermos. Mas há batalhas em que nós não podemos fazer absolutamente nada. Essa era a situação de Josafá naquele momento, quando ele se deparou com uma luta imprevisível, desleal, surreal. Somente um milagre poderia livrá-lo da morte.

É em situações como esta que Deus deseja que nós nos voltemos a Ele, e clamemos por socorro. Sim! Deus sabe o que precisamos, Deus sabe o que a gente quer, mas ainda assim Ele espera que nós desçamos e clamemos em Seu nome.

Tendemos a nos esconder quando as coisas apertam contra nós, quando a dificuldade bate à nossa porta. Quando o inimigo é mais poderoso do que nós, quando os montes são mais altos do que podemos escalar, quando o mar está agitado e é impossível atravessar a nado, quando o gigante é mais forte, mais alto e mais perigoso do que estamos acostumados, quando nossas armas e recursos não são capazes de nos ajudar a vencer, é aí, bem aí que temos que correr para Deus.

Não é culpa de Deus quando as dificuldades batem à nossa porta, mas Ele assegura que é bom o suficiente para ouvir e atender às nossas orações e clamor por socorro, e assegura que é poderoso para vencer e toda e qualquer batalha que tomar para si.

O grande problema é que nós até oramos, até clamamos e choramos, pedindo por socorro, mas oramos sem crer, não sabemos orar, não sabemos pedir. Não sabemos se Deus está realmente nos ouvindo, ou se realmente Ele está com vontade de nos ajudar.

Quando a grandeza de Deus é questionada em nosso coração, não recebemos o milagre que tanto necessitamos, por isso, em nome de Jesus, não duvide, não desconfie, não questione. Se você crer, Deus fará grandes maravilhas, e a tua luta será também Dele, e eu não conheço sequer uma luta que Deus tenha perdido.

A batalha é do SENHOR!

Quando Saulo perseguia a igreja, prendia, confiscava os bens e matava, achava que lutava apenas contra os crentes em Jesus, desejando exterminá-los. Mas, enquanto estava no caminho de Damasco, Jesus se encontrou com ele numa forte luz e, quando questionado sobre quem era, Jesus disse: “Eu sou Jesus, a quem você persegue” (Atos dos Apóstolos 9.5). Enquanto Saulo achava que perseguia apenas aos crentes, Jesus estava dizendo que ele estava perseguindo ao próprio Jesus, porque o Senhor tomou a batalha para si.

A batalha é do SENHOR, e se entregamos nas Suas mãos – as mãos que criaram o universo – o que nos resta é louvar a Deus no campo de batalha, porque, se Ele garantiu que a batalha é Dele, só nos resta adorar o Santo Nome.


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